Bruno Paes Manso, do
Marcelo Camargo/ABr
Moradores de rua se reúnem na Praça da Sé, no centro de São paulo
São Paulo - Barracas nas ruas, colchões sobre as calçadas, fogueirinhas para refeições e moradias provisórias. Nada disso mais é admitido nas ruas da Mooca e do Brás, na zona leste de São Paulo, onde as autoridades declararam "tolerância zero" a crime, lixo e moradores de rua.
O termo foi escolhido pelo capitão Aldrin Córpas, da Polícia Militar, para as operações que passou a fazer em apoio aos trabalhos de limpeza urbana da Subprefeitura da Mooca. Ele ainda postou fotos do "tolerância zero da Mooca" no Facebook, pedindo apoio da população.
A forma como as autoridades estão desempenhando a tarefa, contudo, causou polêmica. Parte dos moradores aplaude o trabalho da Prefeitura e da PM, como mostram as mensagens que Córpas recebeu em sua página pessoal na rede social.
Outros criticam a truculência das operações. "Não acho que moradores de rua devam ser tratados com caminhão de lixo", reclama Tânia Barbosa, presidente do Conseg Pari Brás. O padre Julio Lancellotti, Vigário para o Povo da Rua, também protestou pela maneira como as abordagens estão sendo feitas.
Documentos e pertences pessoais são levados, como o de uma moradora de rua que teve levada a bolsa com a última foto que tinha da mãe. "É uma antiga visão higienista da sociedade, que permanece", diz. Eliana Andreassa, de 37 anos, é uma das moradoras dos arredores do Viaduto Bresser que perdeu documentos nas abordagens municipais.
FONTE:EXAMES.COM
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