O cantor Briola Sales nasceu no Ceará, mas, hoje, é praticamente um potiguar. Com 28 anos de trajetória na música, ele tem uma das vozes mais conhecidas pelos forrozeiros e tem público cativo em casas de shows por todo o Rio Grande do Norte. Briola concedeu entrevista à Revista Forró e fala da sua vida pessoal, do início como cantor, das dificuldades que enfrentou e das suas idas e vindas na banda Ferro na Boneca, na qual se consagrou. Nessa entrevista, o cantor afirma que decidiu sair de vez da Ferro por problemas pessoais com a atual gestão do grupo, mas ainda alimenta o sonho de retornar para a banda um dia, desde que consiga comprá-la.
Revista Forró – Quando começou a história de Briola com a música. Ainda na infância?
Briola Sales – Começou na infância sim. Meu pai, seu Francisco Sales, foi um grande violonista. Então, acho que vendo aquilo dentro de casa, eu despertei esse interesse. Aos 16 anos, comecei a frequentar uma casa de show na minha cidade, por trás da rua onde morava, até que um dia o proprietário de uma banda, na verdade o Grupo Arco-íris, lá da região estava pedindo pra o cantor tirar uma música em um tom alto e ele não conseguia. Foi aí que um amigo meu que era da banda disse que eu sabia cantar aquela determinada música.
Revista Forró – Mas nesse período você já cantava profissionalmente?
Briola Sales – Nada. Eu nunca tinha subido em um palco e nem pegado em um microfone. O proprietário da banda olhou pra mim e disse que eu ia cantar e, na hora, me lembro bem, comecei a me tremer. Mesmo assim, eu cantei e disseram que eu cantei legal. Isso foi no ensaio. À noite, durante a apresentação, me chamaram para fazer uma canja e acabei cantando três músicas. A partir daí, fui convidado para fazer parte da banda.
Revista Forró – Foi logo fazer shows?
Briola Sales – Naquela época as coisas eram muito difíceis. A cidade onde me criei, Varjota, no Ceará, era muito pequena e a maioria da população vivia da agricultura e da pesca, inclusive eu e minha família. A banda só se encontrava para ensaiar no sábado e se apresentava apenas no clube da cidade, o Cabanas. Após uns três meses, eu passei a ser o cantor principal, porque o proprietário não conseguia pagar os dois e como eu sabia ler e escrever fui mantido. Daí começou minha história.
Revista Forró – Dessa primeira vez que subiu ao palco, você sentiu que era isso que queria pra sua vida?
Briola Sales – Olha, acho que já nasci pra isso. Lembro que subi ao palco e cantei naturalmente, até de maneira bem extrovertida, o que chamou atenção das pessoas. Graças a Deus, são 28 anos de carreira e vamos continuar na luta.
Revista Forró – E quanto tempo ficou tocando nessa banda em Varjota?
Briola Sales – Acho que fiquei aproximadamente uns quatro anos, mas só nos apresentávamos lá na cidade mesmo e às vezes na região. Era uma coisa bem simples.
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