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23 de junho de 2014

Presidenta Dilma Rousseff decide não ir ao Estádio Mané Garrincha, no Distrito Federal assistir ao jogo do Brasil

Presidenta Dilma Rousseff decide não ir ao Estádio Mané Garrincha, no Distrito Federal assistir ao jogo do Brasil
Embora esteja em Brasília no horário do jogo, a presidente Dilma Rousseff (PT) não deve ir hoje ao Estádio Mané Garrincha, optando por assistir à partida no Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência.

A decisão foi a mesma que vem sendo tomada pela maioria dos políticos na Copa: evitar ao máximo ir aos estádios. Reservadamente, eles admitem que o principal temor são as vaias e xingamentos, a exemplo do que ocorreu com Dilma na abertura.

Hoje, embora seja a sede do Governo e do Congresso Nacional, Brasília não parecerá a cidade rodeada de figuras poderosas que é. Os presidentes da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), não vão ao estádio. Esta semana, sequer haverá sessão no Congresso. Os principais ministros, a exemplo de Dilma, tampouco irão.

Nas demais cidades, a prática tem sido idêntica. No Rio, à exceção do governador Luiz Fernando Pezão (PMDB), nenhum pré-candidato ao Palácio Guanabara foi aos dois jogos no Maracanã. Ao contrário de Pezão, Anthony Garotinho (PR), Lindbergh Farias (PT) e Marcelo Crivella (PRB) optaram por se manterem distantes.

O cientista político Paulo Kramer, professor do Instituto de Ciência Política da Universidade de Brasília (Ipol/UnB), crê que os ataques a Dilma no Itaquerão, em São Paulo, tenham alertado a classe política para o risco de se misturar política e futebol:

— Os políticos demoraram a entender isso, mas o torcedor sabe disso há tempos. Ele nunca fez essa associação .

Ele lembra que, ao se comparar a performance eleitoral do presidente ou de seu candidato nas eleições presidenciais com o desempenho da seleção, isso fica claro.

— Em 98, o Brasil perdeu e Fernando Henrique foi reeleito. Em 2002, o Brasil venceu, e o candidato dele, José Serra, perdeu. Em 2006 e 2010, o Brasil também perdeu, mas o partido que estava no governo saiu vitorioso. Não há regra — explica.

Hoje, o representante político de mais peso no jogo da seleção deve ser... da Inglaterra. Na arquibancada, estará ninguém menos do que o príncipe Harry, herdeiro do trono inglês.

@folhadosertao
com extraglobo

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