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26 de julho de 2018

Por que seu filho não quer dormir? Especialista explica


Foto/Reprodução

Chega a hora de dormir, você põe seu filho na cama, apaga as luzes e... Nada. Está tarde, o dia foi cheio, já era para ele estar com sono, mas a resistência para dormir não tem fim. Um chororô misturado com brincadeiras e uma pitada de manha. Será que é normal essa birra na hora de ir para a cama? Nesta sexta-feira (27) é comemorado o Dia do Pediatra e vamos ressaltar a importância do acompanhamento frequente dos pequenos ao especialista para tratar assuntos que, muitas vezes, são deixados de lado.

O pediatra e especialista do sono do Hospital Santa Luzia, Dr. João Pimentel, frisa que em consultas de rotina, o pediatra deve ser questionado em relação ao bem-estar do sono das crianças. “Ele não precisa ser especialista do sono, mas é essencial que em todo atendimento o assunto venha à tona. Somente assim será possível avaliar a condição do sono e suas consequências.” No caso das birras, Dr. João explica que elas são comuns, principalmente entre os 2 e 7 anos, pois é nesta fase em que as crianças começam a ter consciência da própria independência e querem colocá-la a prova.

Em muitas famílias a rotina é sempre a mesma. A criança está com sono, boceja, esfrega os olhos e abre o berreiro por qualquer motivo. Ou então está super agitada, o que pode também ser sinal de cansaço. “Apesar de ser comum, devemos nos atentar à causa do problema. Às vezes a criança só quer compensar a atenção que não recebeu durante o dia.” Outra razão pode ser a insônia comportamental da infância. “Neste caso, as crianças se recusam a dormir devido à ausência de rotina, falta de limites e regras. Atenção para o quesito tecnológico, pois é necessário limitar o acesso a aparelhos eletrônicos, como celulares e tablets”, detalha o especialista. O uso destes dispositivos interfere na liberação de melatonina, substância que gera o sono.

Como driblar o problema – Para contornar a situação, é necessário impor disciplina desde cedo. Cabe aos pais conversarem e explicarem aos pequenos que a hora de dormir deve ser respeitada seguindo algumas regras: sem televisão, jogos, tablets e celulares — esses aparelhos devem ser evitados após as 18h. Outros estímulos, como atividade física intensa, brincadeiras agitadas e alimentos com cafeína também devem ficar de fora a partir de o momento que começa a escurecer.

Além disso, para acabar com as cenas de manha, a grande dica é criar um ritual do sono, com direito a banho morno e luz baixa. De acordo com Dr. João Pimentel, pediatra e especialista do sono do Hospital Santa Luzia, deve-se estipular um horário fixo para dormir e acordar todos os dias. Na hora de deitar, o quarto deve estar escuro. Os pais devem aproveitar o momento para ler para os filhos e ter conversas tranquilas — isso fará com que os pequenos entendam que está na hora de diminuir o ritmo e descansar.

As sonecas diárias – Até os 3 anos de idade, em média, a soneca do dia é fundamental para o sono noturno adequado das crianças durante a noite. Mas atenção para que essas sonecas não ocorram após as 16h. Isso pode fazer com que a criança não tenha sono no horário adequado. Depois dessa idade, os pais podem passar a diminuir o tempo dos cochilos, até que os pequenos já não sintam a necessidade do mesmo.

A quantidade ideal de horas de sono – A Academia Americana da Medicina de Sono divulgou uma tabela baseada nas faixas etárias. Dê uma olhada:

Crianças de 4 a 12 meses: devem dormir de 12 a 16 horas por dia (incluindo sonecas).

Crianças de 1 a 2 anos: devem dormir de 11 a 12 horas por dia (incluindo sonecas).

Crianças 3 a 5 anos: devem dormir de 10 a 13 horas por dia (incluindo sonecas).

Crianças 6 a 12 anos: devem dormir de 9 a 12 horas por dia.

Crianças 13 a 18 anos: devem dormir de 8 a 10 horas por dia.

Via Noticias ao Minuto
Por: Nova Cruz Oficial

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