Cearense mantém 32 funcionários e teme por cenário sem shows nos próximos meses
Legenda: Cantor é conhecido por forró de vaquejada
O ano de 2021 segue sem a perspectiva da retomada de eventos. No Ceará, Fortaleza vive o segundo lockdown, entre outros municípios do Interior. As lives já não tem a mesma força em arrecadação como no ano passado. A saída para alguns nomes da música foi a venda de bens para manter funcionários. O cantor de forró Junior Vianna, natural de Iracema, foi um dos atingidos com os efeitos da paralisação do setor de eventos e precisou vender veículos e até gado.
Junior Vianna revelou à coluna que tinha dois ônibus e vendeu um deles por R$160 mil. Na garagem, ele também guardava três carros, modelo doblò, e precisou repassar um. Um prédio comercial também entrou na lista de bens negociados pelo cearense. Além de imóveis e veículos, o forrozeiro vendeu 70 touros da raça girolando.
Para poder manter 32 funcionários — instrumentistas, produtores e escritório — durante o ano de 2020 e até agora, ele também precisou negociar salários pela metade. “A gente tocava, em média, 35 shows por mês antes da pandemia. A arrecadação era boa. Caiu para zero”, revelou Junior Vianna. Por mês, a folha de pagamento do forrozeiro gira em torno de R$ 62 mil.
Veja imagens da Fazenda Vianna:
Legenda: Junior Vianna registra relação com animais de fazenda em rede social
Foto: Reprodução/Instagram
Legenda: Natural de Iracema (CE), Junior Vianna é conhecido na música pelo forró voltado ao Interior.
Foto: Reprodução/Instagram
“Não estamos pagando o salário todo dos músicos. A gente sentou e conversou. Mostramos as dificuldades. Eles mesmo estão sentindo. Estamos pagando a metade. Por exemplo, se o cara ganhava R$3 mil, agora estou pagando R$1,5 mil”. Os últimos eventos realizados pelo forrozeiro aconteceram no Rio de Janeiro, em festas privadas. Outra renda que ajudou em parte a manter a vida do cearense foram valores das produções musicais no YouTube e demais plataformas de streaming.
Assim como Junior Vianna reduziu os salários dos funcionários, milhares de empresas aderiram ao Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda (BEm) em 2020. A iniciativa do governo federal autorizava a redução da jornada e do salário do empregado por 25%, 50% ou 70%. A diferença salarial foi paga pela União, por um benefício.
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