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12 de março de 2013

São Paulo ganha novo modelo de ponto de ônibus em 37 lugares


Quem circula pela zona oeste já pode conhecer os novos modelos de pontos de ônibus. Os 37 primeiros foram instalados em Moema, Pinheiros, Itaim Bibi, Alto de Pinheiros, Jardim Paulista e Perdizes. Até abril, serão 60 no total e, no fim do ano, 1.400.
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Os novos abrigos vão expor publicidade em um painel de 2 m² e os primeiros anunciantes serão a rede Visa e uma cerveja da Ambev, diz o consórcio Pra SP, formado por Odebrecht, TV Bandeirantes, Kalitera Engenharia e o grupo Ruas, de empresas de ônibus.

É a primeira oportunidade de anúncios externos após a Lei Cidade Limpa, de 2007, e por isso há uma grande procura de empresas, segundo Violeta Noya, do Pra SP. Assim, em vez de receber da prefeitura pela troca dos 6.500 pontos com abrigo, o consórcio pagará R$ 167 milhões só pelo direito de explorar a propaganda. "São Paulo é um dos maiores contratos do mundo. Só a China tem essa escala", diz ela.

Nome da Galeria

Todos os abrigos, além dos 12.500 totens da cidade, serão substituídos até 2015. Depois, a empresa deve instalar mil novas coberturas e 2.200 novos totens. O prazo é o fim de 2017.

Os abrigos terão quatro modelos, criados pelo designer Guto Indio da Costa, todos cobertos por vidro ou plástico transparente sobre estrutura de aço ou concreto. O modelo "caos estruturado" e o "brutalista" estarão na maior parte da cidade. O modelo "high-tech", com painel digital, será instalado em centros financeiros, como as avenidas Paulista e Berrini.

Já o "minimalista com ginga", mais discreto, aparecerá em locais com arquitetura antiga. Em frente ao Theatro Municipal já existe um desde dezembro. Os outros 36 já instalados são do modelo "caos estruturado".

A sãopaulo conversou com usuários dos pontos na última quarta. A maioria achou-os bonitos, mas está preocupada com a conservação. "Não dou uma semana para quebrarem esse ponto", diz o aposentado Gentil Gomes, 80, na av. Brigadeiro Faria Lima.

Os entrevistados também reclamaram do calor. A reportagem testou o conforto e verificou que a temperatura é mais fresca embaixo da cobertura, que suaviza o sol com serigrafia. Se houver abrigo depredado, a substituição deve ser feita em até 24 horas, e o consórcio diz estar pronto para isso.
VANESSA CORREA
DE SÃO PAULO

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