Foto/Reprodução
Em seu primeiro dia na cadeia, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva conheceu um dos principais desafios aos presos de outros Estados apanhados pela Lava Jato: a inconstância do clima, que amanhece frio, esquenta muito à tarde e gela à noite.
O preso recebeu na manhã deste domingo, 8, o mesmo pão com manteiga e café preto servido aos outros detidos que estão na carceragem da Polícia Federal.
Sozinho em suas acomodações de 15 m² com banheiro privativo no 4º andar do prédio, Lula pôde acompanhara pela TV a vitória de seu Corinthians sobre o Palmeiras.
Lá fora, antipetistas e apoiadores de Lula se manifestavam – e brigavam. A noite anterior havia sido marcada pela conflito entre manifestantes, pela fumaça de fogos e bombas após a chegada do petista.
Lula desceu do heliponto em cima da sede da PF e foi conduzido pelos agentes à sua cela, preparada à pedido da Operação lava Jato para o início do cumprimento de sua pena de 12 anos e 1 mês de prisão no caso do triplex do Guarujá (SP).
Teve então o primeiro contato com seus advogados: Cristiano Zanin Martins e o amigo a ex-deputado do PT Sigmaringa Seixas.
Ali ficaram até meia-volta, quando deixaram o ex-presidente em sua cela, que não tem grades, mas uma porta comum de madeira.
Em seu primeiro dia preso, Lula recebeu a mesma comida dos demais detentos: o almoço chegou às 11h. Por volta das 15h, seus advogados voltaram.
Zanin e Sigmaringa chegaram a assistir o início do jogo com o ex-presidente, mas saíram antes do final. “O presidente está bem, embora indignado.” A defesa alega que o processo tem “motivação política”.
Na sala especial reservada como cárcere há um espaço que serve de área de contado com os advogados – e com a família, quando as visitas começarem.
Como era domingo, o prédio passou o dia vazio, cercado por jornalistas, policiais e manifestantes, que ficaram depois do perímetro de duas quadras.
O jantar a Lula foi servido às 18h. Com talhares de plástico, o ex-presidente comeu sozinho na mesa colocada em sua sala o menu do dia: carne assada, arroz, feijão, chuchu e macarrão.
Recebeu ainda um copo de suco de laranja. Hoje, um novo processo na Justiça Federal será aberto e nova batalha jurídica começará: o de execução penal.
É nele que a defesa vai pedir a remoção do condenado para uma unidade prisional mais próxima de seu domicílio, com condições especiais – iguais à de Curitiba.
Exame.com
Por: Nova Cruz Oficial
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