22 de fevereiro de 2013

Jornal: rede de sexo e corrupção do Vaticano levaram à renúncia do Papa

O jornal italiano La Repubblica garantiu nesta quinta-feira que Bento XVI decidiu renunciar após receber um informe ultrassecreto elaborado por três cardeais sobre uma trama de corrupção, sexo e tráfico de influências no Vaticano.

De acordo com o diário, em uma reportagem assinada pela jornalista Concita di Gregorio, o relatório que foi encomendado por Bento XVI a três cardeais no ano passado - o espanhol Julián Herranz, o eslovaco Jozef Tomko e o italiano Salvatore De Giorgi -, após vazamentos de documentos confidenciais em um escândalo que ficou conhecido como Vatileaks, revela um sistema de "chantagens" internas baseado em fraquezas sexuais e ambições pessoais.

O texto de 300 páginas que se refere a um "lobby gay" dentro do Vaticano, foi entregue em dezembro ao pontífice, segundo a jornalista que não esclarece como teve acesso ao documento. "Fantasias, invenções, opiniões", assegurou o porta-voz do Vaticano, o padre Federico Lombardi, após advertir que não comentará a reportagem e que os cardeais envolvidos não aceitarão conceder entrevistas.

Com o título "Não fornicarás, nem roubarás, os mandamentos violados no informe que sacudiu o Papa", o jornal sustenta que o cardeal espanhol Herranz, do Opus Dei, ilustrou ao Papa no dia 9 de outubro do ano passado os "assuntos mais escabrosos" do relatório, em particular a existência de uma "rede transversal unida pela orientação sexual".

"Pela primeira vez a palavra homossexualidade foi pronunciada no gabinete papal", escreve o impresso italiano. A reportagem sustenta que, durante oito meses, os cardeais interrogaram muitos prelados e laicos, dividindo-os por congregação e nacionalidade, e estabeleceram que existem vários grupos de pressão dentro do Vaticano, entre eles um sujeito a chantagem, a "impropriam influentiam" por sua homossexualidade
O PARARELO 

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