As escavações das obras de transposição do Rio São Francisco encontraram 1.594 vestígios arqueológicos, entre louças, cerâmica, vidro, madeira e metais, somente na área da Paraíba. Na área de escavação no oeste do estado, conforme o Ministério da Integração Nacional, foram identificados 48 sítios arqueológicos.
De acordo com informações do Ministério da Integração Nacional, a maioria dos vestígios encontrados é de materiais culturais das populações que viveram nesses sítios arqueológicos em períodos históricos e também no período pré-histórico. Desses períodos mais antigos são destacados vestígios líticos (instrumentos feitos de pedra), cerâmicos e registros rupestres.
Os achados arqueológicos foram levados para o Museu do Homem Americano, localizado no município de São Raimundo Nonato, no Piauí, onde serão estudados em laboratórios e analisados para a composição de relatórios.
O Ministério da Integração Nacional informou também que esses vestígios arqueológicos ficarão à disposição da Pasta e do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).
A área onde as peças foram encontradas compreende a faixa onde estão sendo realizadas as intervenções diretas da obra, que, conforme o Ministério da Integração, equivale a uma área de 200 metros, com 100 metros para cada lado do canal.
A coleta de peças deve continuar até a finalização das obras de transposição na Paraíba e o material já coletado será analisado em laboratório. As pesquisas sobre os vestígios e os registros achados vão continuar mesmo após o fim das obras.
Nordeste
O Ministério da Integração Nacional informou que em toda a área de transposição do São Francisco nos quatro estados de abrangência, Paraíba, Pernambuco, Ceará e Rio Grande do Norte, foram encontrados mais de 80 mil achados arqueológicos e paleontológicos.
O trabalho de coleta do material é feito pelo Instituto Nacional de Arqueologia, Paleontologia e Ambiente do Semiárido (Inapas) e faz parte do Programa de Identificação e Salvamento de Bens Arqueológicos da Transposição do Rio São Francisco.
Segundo o Ministério, foram investidos R$ 80 milhões no projeto que tem o objetivo de assegurar o registro do patrimônio cultural arqueológico e resgatar a história, salvando esses vestígios.
Por: Diário de Araruna com Portal Correio
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