29 de setembro de 2013

Você já é uma mulher adulta e ainda sofre com espinhas? Saiba quais as causas e como tratar o problema

Ter espinhas na adolescência é comum, e até esperado. Mas, para algumas mulheres, ela fica ainda mais evidente depois dos 20 anos. O problema é relativamente comum e até tem nome próprio: acne da mulher adulta.


Não que os homens não possam sofrer com espinhas e pele oleosa na maturidade, mas, nas mulheres, elas são mais frequentes. Segundo a dermatologista Carolina Marçon, cerca de 8% das mulheres têm acne depois dos 25 anos e 5% depois dos 40 anos.

E mesmo quem não teve acne na adolescência, como a professora de inglês Camila Barbosa, pode ser vítima do problema. "Quando eu era adolescente tinha cravos e algumas espinhas, mas nada exagerado", ela lembra. "A partir dos 21 anos, minha pele começou a ficar muito oleosa e com espinhas grandes e persistentes". Hoje, aos 34 anos, Camila comemora os resultados de um tratamento feito no ano passado que eliminou as erupções, mas como consequência deixou mucosas secas e os cabelos quebradiços.

Já a publicitária Vanessa Queiroz sofreu com a pele oleosa e com as erupções cutâneas desde a puberdade. "Entre os 14 e os 18 anos, eu tive pele bem oleosa e espinhas enormes", ela conta. "No começo dos 20, parou, e eu achei que tinha me livrado do problema, mas quando eu fui chegando perto dos 30 a acne voltou em lugares diferentes, como no maxilar". Para Vanessa, a aparência de "adolescente velha" incomodava muito e a deixava com sensação de estar suja o tempo todo.


As espinhas de Vanessa voltaram com tudo quando ela fez 30 anos. Depois de um longo tratamento, ela fez as pazes com a pele

Depois de tentar vários produtos tópicos, Vanessa decidiu seguir o mesmo caminho de Camila e fez um tratamento com isotretinoína - o conhecido Roacutan. As duas relatam a mudança drástica na pele e no couro cabeludo, que ficaram bem menos oleosos. Vanessa ainda observou os cabelos ondulados ficarem lisos.

No entanto, o tratamento com Roacutan só deve ser feito em último caso, pois não trata a causa do problema, só os sintomas, ao reduzir o tamanho das glândulas sebáceas. Outra desvantagem do medicamento está nos efeitos colaterais. Aumento de colesterol, problemas no fígado, malformação em bebês e ressecamento de mucosas são alguns dos principais problemas relacionados, e demoram até um ano para sumirem por completo.

Cada caso é um caso, mas a primeira abordagem do problema costuma ser o tratamento com antibióticos que agem sobre a bactéria que se instala na pele. O uso de espironolactona vem em segundo lugar, pois esta substância atua bloqueando a ação dos hormônios masculinos, que, em excesso, podem causar a acne. "A mulher pode ter uma pele extremamente sensível a testosterona ou, então, produzir muita testosterona e pouco hormônio feminino", explica o dermatologista Marcelo Bellini.


Para complementar a medicação via oral, o paciente pode utilizar séruns, loções e géis próprias para pele acnéica. De acordo com a dermatologista Daniela Lemes, produtos que contenham ácido salicílico (controla a oleosidade), peróxido de benzoíla (atua sobre a hiperprodução sebácea e a inflamação) e tretinoína (age sobre os comedões) costumam ter um bom efeito sobre as erupções.

Vale lembrar que alguns casos de acne são causados por produtos cosméticos, como maquiagem muito pigmentada e densa ou cremes para o cabelo. Se esse for o caso, a interrupção de seu uso resulta na melhora da pele. Quem não vive sem make pode optar pelos cosméticos oil-free, ou seja, sem óleo, que são feitos especificamente para peles oleosas.


Sempre consulte um dermatologista para saber a origem do seu problema e os possíveis tratamentos.

@folhadosertao
com IG

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