19 de junho de 2012

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Crítica: Em estreia, Gabriela de Juliana Paes é ofuscada por bordel.


Crítica: Em estreia, Gabriela de Juliana Paes é ofuscada por bordel - 1 (© Arquivo Famosidades)
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Sônia Braga ou Juliana Paes? Quem leva a melhor na Batalha das Gabrielas?
Por WALLACE CARVALHO
RIO DE JANEIRO - Com uma fotografia impecável, a estreia de “Gabriela” economizou nas cenas sensuais e poupou Juliana Paes. A protagonista do remake levou mais da metade do capítulo para pronunciar sua primeira frase.
Ainda assim, a atriz deu provas de que sua escalação foi mais que acertada. A cena final do primeiro capítulo mostrou que a morena tem tudo para responder as expectativas criadas pelo público e repetir o sucesso de Sônia Braga na década de 70.
Falando na história da personagem central, a direção pecou em privilegiar a estética ao invés da emoção da sertaneja ao cruzar o sertão baiano em busca de uma vida melhor. Todas as atenções pareceram estar voltadas para o bordel Bataclan, uma espécie de Moulin Rouge do agreste.
Ivete Sangalo surpreendeu como Maria Machadão. Apear de completamente dentro do universo da personagem, a estrela pareceu pouco à vontade justamente onde costuma ser rainha: em cima do palco. A cantora – e agora atriz – não achou o tom da dona do cabaré na hora de soltar a voz. Com medo de ser Ivete, intimidou sua Machadão.
Se Marcelo Serrado enterrou de vez o mordomo Crô, Maitê Proença não achou o caminho da mulher submissa para sua Sinhazinha. Já Humberto Martins convenceu como o turco Nacib apenas ao encontrar sua Gabriela.
Com um ritmo bem lento, poucos atores apareceram em cena. Mesmo com uma aparição relâmpago, Laura Cardoso se tornou um dos assuntos mais comentados do Twitter no mundo. Aliás, o folhetim bombou nas redes sociais com várias hashtags nos Trending Topics.
“Gabriela” também fez bonito no quesito audiência. Com média de 29,8 pontos e picos de 34 pontos, a produção bateu a estreia de “O Astro”, última novela exibida no horário das 23h.
Vale prestar a atenção na trilha sonora original com novos arranjos e no trabalho de Hans Donner na abertura. Finalmente, ele deixou a preguiça de lado e apresentou um projeto à altura da obra de Jorge Amado.  

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