É um pouco difícil pensar em um homem que apresenta uma dificuldade repetida de atingir o orgasmo e a ejaculação.
De fato, quando falamos de “anorgasmia”, costumamos imaginar uma mulher.
Afinal, o orgasmo feminino é aprendido e, em geral, requer uma série de estímulos e condições que a mulher e seu parceiro devem conhecer. No caso do homem, essa fase da resposta sexual é alcançada de forma mais automática, e a maior dificuldade está na demora em atingi-la.
Quando o homem não consegue ter um orgasmo, sente una grande insatisfação sexual, angústia e constrangimento. A mulher também sofre o impacto, exatamente por saber que não se trata de uma situação comum. Em sua mente, ela começa a criar diferentes teorias que, em geral, não condizem com a realidade.
Vamos à definição de anorgasmia masculina: é a dificuldade do homem de alcançar o orgasmo e a ejaculação, apesar de contar com um bom estímulo sexual, tanto em qualidade e quantidade como em duração. Para que seja considerada uma disfunção sexual, ela deve ocorrer durante um período mínimo de seis meses, e em pelo menos um em quatro encontros sexuais.
As causas? Podem ser várias e combinadas: inibições psicológicas, efeitos de traumas sexuais, transtornos psicológicos (estresse, ansiedade, depressão, transtorno obssessivo-compulsivo), efeitos secundários de medicações (sobretudo psicofármacos), hábitos masturbatórios não convencionais, conflitos de casal, transtornos urológicos congênitos, doenças, entre outras.
A anorgasmia masculina é tratável e exige alguns passos básicos: avaliação médica, diagnóstico psicológico, avaliação do estímulo sexual e do relacionamento do casal, em suma, uma abordagem multidisciplinar.
Recomendamos começar com uma consulta com um especialista em sexologia, que fará as associações correspondentes. Os tratamentos baseiam-se na resolução das causas básicas da anorgasmia, por exemplo, modificar uma indicação de medicamento que pode afetar o orgasmo. Em seguida, recorre-se a diferentes técnicas de estimulação física e psicológica, individuais e em dupla, para melhorar o rendimento orgásmico e a qualidade das relações sexuais.
Existem ainda alguns casos especiais:
• O orgasmo sem ejaculação ou “orgasmo seco”, que consiste em atingir as sensações e contrações musculares do orgasmo, sem expulsão do sêmen.
• A anedonia ejaculatória, que é a ejaculação com pouca ou nenhuma sensação de prazer.
• A astenia ejaculatória, quando o homem ejacula com pouca força durante a expulsão.
Nesses casos, as causas costumam ser médicas e deve-se consultar um urologista.
fonte: araruna Online
Por: Dr. Ezequiel López Peralta/UOL
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