Já falhou no uso do anticoncepcional e transou confiando na pílula do dia seguinte? O contraceptivo tem 95% de eficácia, mas seu uso rotineiro pode causar efeito contrário e aumentar as chances de uma gravidez. Além disso, sozinho, o anticoncepcional de emergência não protege das DST’s.
Tem dúvidas sobre como usar a pílula? A ginecologista especializada em sexualidade humana, Dra. Flávia Fairbanks, responde sete questões sobre como usar e os efeitos do medicamento.
Segundo a ginecologista especializada em sexualidade humana, Dra. Flávia Fairbanks, o contraceptivo possui cerca de 20% mais hormônio do que o anticoncepcional tradicional. “O organismo é exposto a uma grande quantidade de hormônios, portanto o uso deste método deve ser esporádico, ou seja, apenas quando há a falha do contraceptivo adotado pelo casal. Além disso, se tomada repetidas vezes, a mulher corre o risco de engravidar”, alerta.
A médica, Dra. Flávia Fairbank, explica que há no mercado dois tipos de medicamento: um em dose única, que deve ser ingerido até 72 horas após a relação sexual, outro com dois comprimidos e, nesse caso, a mulher deve tomar um logo após a relação sexual e o outro 12 horas depois.
“A pílula do dia seguinte nem a tradicional protegem contra DST. O ideal é que, além de um anticoncepcional, o casal use camisinha”, adverte.
A especialista garante que é mito que o contraceptivo de emergência seja um abortivo. “A função da pílula é agir antes que a gravidez ocorra. Caso o óvulo ainda não tenha sido fecundado, o medicamento aumentará o muco cervical, localizado no colo do útero, para impedir a passagem dos espermatozoides. Se a fecundação já ocorreu, haverá uma modificação na estrutura no endométrio, o que impedirá a implantação do óvulo fecundado. E caso o ovo já tenha sido implantado e a gravidez iniciada, a pílula não terá efeito”, explica.
A especialista Dra. Flávia Fairbanks lembra que, apesar da possibilidade de comprar a pílula sem prescrição, a mulher deve procurar orientação do ginecologista após o uso do medicamento. “A pílula do dia seguinte possui contraindicações, pode alterar o ciclo menstrual, provocar dores de cabeça, náuseas e vômitos. Portanto, a mulher deve ir a um ginecologista de sua confiança para realizar exames, se necessário, e adotar um método anticoncepcional adequado”, complementa.
A pílula do dia seguinte não pode ser usada como método anticoncepcional. “Sua eficácia, quando comparada às pílulas convencionais ou a outros métodos habituais, é inferior, aumentando a chance de falhas a longo prazo”.
Mesmo que tomada logo após uma relação sexual desprotegida, nas primeiras 24h a eficácia da pílula de emergência é de 95%. Comparada aos métodos convencionais modernos, que têm eficácia superior a 99%, vemos que o uso rotineiro do anticoncepcional de emergência aumenta as chances de gestações indesejadas, além de outros efeitos colateiras É importante que a paciente entenda esse processo e opte por um método seguro que possa ser usado a longo prazo”, adverte a especialista.
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