26 de maio de 2013

Professora sofre violência em Monte das Gameleiras



A professora Jaberlânye Nelo (foto), que leciona da cidade de Monte das Gameleiras, na Escola Estadual Felismino José da Costra, relatou ao Blog da Serra um episódio que, infelizmente, está se tornando frequente nas instituições de ensino do Brasil, a violência contra os docentes.

De acordo com a docente, seu carro foi alvo de arranhões e que há suspeitas da participação de alunos da instituição escolar.

Confira o relato:


Sou da Paraíba, e atualmente estou morando em Nova Cruz. Trabalho em Monte das Gameleiras, todas as semanas permaneço lá por dois dias consecutivos para cumprir minha carga horária. Na última terça-feira (21.05.2013), no turno da noite, fui trabalhar normalmente, e como é de costume meu esposo foi me buscar. E como ele chegou no início das aulas, estacionou o carro (que tem apenas 3 meses de uso), na frente da escola. Durante as aulas dois alunos insistiam em atrapalhar, e como já não aguentava mais, chamei a atenção deles com um pouco mais de severidade, assim como todos estão acostumados a fazer... Na aula seguinte, os mesmos começaram a me indagar com perguntas do tipo: "Professora de quem é aquele carro na frente da escola...?" Como já estava aborrecida com eles, apenas ignorei, e não respondi! 
Enfim, ao término das aulas, saímos em direção ao carro para irmos para casa, e nos deparamos com as duas laterais completamente arranhadas, de um canto a outro dos faróis. Logo desconfiei dos referidos alunos, e por coincidência eles estavam a alguns metros da escola, olhando em nossa direção (provavelmente para ver nossa reação). Relatei os ocorridos ao meu esposo (que também é professor do estado), e a outra professora que estava conosco, e assim como eu, eles também acharam muito suspeito. Meu esposo decidiu indagar os alunos. Chegando até eles, ele perguntou quem havia arranhado o carro, e os mesmo ironicamente responderam: "Estão nos acusando? Então vão fazer um BO!" Foi o que fizemos! Eles serão intimados, e apesar de não termos, ainda, provas ou testemunhas, de que foram eles, estamos torcendo para que o culpado pague pelo que fez. 
Este relato serve, tão somente, para ilustrar a situação em que nos encontramos. Nós, professores, somos reféns, sim, reféns! Reféns dos alunos, dos pais, dos governo... E isto me preocupa! Os arranhões no carro, em si, não são o maior problema, bens materiais passam! Eu temo pela minha integridade, pela minha vida. Pois quem age como tal, tem coragem de sobra de fazer algo contra um ser humano. Ainda não sei como voltar para escola na próxima semana, não sei como voltarei a dar aula para estes indivíduos...
Blog Da Serra 

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