31 de outubro de 2013

Inscrito por engano como sabático, garoto conclui Enem: 'oportunidade'

Estudante goiano não desistiu e teve que ficar mais de 10 horas no local.Estreante no exame, ele achou difícil, mas gostou do tema da redação.

Paula ResendeDo G1 GO

Por causa de engano na inscrição, Marcelo Augusto fez prova como sabático (Foto: (Foto: Paula Resende))

Após concluir o segundo dia de provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), neste domingo (27), o estudante Marcelo Augusto Gomes de Assunção, de 17 anos, está confiante com o resultado e espera conseguir uma oportunidade para cursar arquitetura. Inscrito erroneamente pela mãe como sabatista, ele não desistiu de fazer o teste mesmo tendo que passar mais de 10 horas no local. “Não desisti porque é uma oportunidade de mudar de vida. É uma oportunidade que muita gente tem e não aproveita”, ressaltou.

Ele explica que percebeu o equívoco na inscrição ao chegar ao local de prova, na Área II da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Goiás, em Goiânia. “Minha mãe disse que se eu quisesse ir embora eu podia, mas não fui”, afirma.
Marcelo conta que a mãe de outro amigo também cometeu o mesmo erro. Eles ficaram cansados com o confinamento, pois entraram na sala às 13 horas e saíram às 23h30. “Eu fiquei muito cansado, não estava preparado para ficar tanto tempo na sala, trouxe lanche só pra tarde. Mas para o meu amigo foi pior ainda porque ele não trouxe lanche. Ficou o dia todo sem comer. Ele me disse que sentiu fome, mas suportou fazer a prova. Eles não deixavam a gente dividir a comida”, lembra.

O estudante foi embora de ônibus até o terminal, onde o pai foi buscá-lo. “Cheguei em casa quase duas horas da manhã e hoje estou aqui de novo”, afirma.

Fazendo o Enem pela primeira vez, Marcelo achou a prova difícil, mas gostou do tema da redação. “Foi interessante. Foi um tema bom, aberto. É um tema de conscientização, que dá para explorar”, diz.

Ao analisar as questões, o estudante afirma que achou o segundo dia de provas mais difícil do que o primeiro. “Ontem tinha matérias que eu me dou melhor, como filosofia. Hoje tinha português, que, pra mim, é mais complicado”, pondera.

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