Nesta quarta-feira, dia 12 de fevereiro, o dia foi todo de Dominguinhos. José Domingos de Morais, o herdeiro do reinado de Luiz Gonzaga, completaria 73 anos de idade se fosse vivo. Ao som de Sanfona Sentida, mais de 50 sanfoneiros se reuniram desde o começo da manhã no restaurante Arriégua, na Cidade Universitária, no Recife, para homenagear o artista com música e missas cantadas.
O padre Josenildo, amigo de Dominguinhos, celebrou a missa, que seguiu com lançamento da música “Os dez dedos de ouro”, de Anastácia, que já foi sua parceira de composição e na vida. Mestre Camarão e o sanfoneiro Genaro, do Trio Nordestino, também puxam o fole da sanfona no aniversário. A festa ainda contou com a exibição do teaser do documentário inédito sobre a vida e obra do cantor.
Sete meses após a morte do músico, Luiz Ceará, dono do restaurante Arriégua, um dos locais preferidos de Dominguinhos no Recife, relembra a amizade. “Uma coisa que é muito importante na vida do ser humano é gratidão. Eu sou muito grato a Dominguinhos. Pra mim ele vai ficar eternamente vivo. É muito importante fazer a festa no dia do aniversário dele”, contou.
Filha do sanfoneiro, a cantora Liv Morais comenta que a saudade, tema de inúmeras composições do pai, é constante. “A gente fica triste porque a saudade dói demais, de pegar, do cheiro, de fazer carinho. Mas o que ele deixou, o privilégio da convivência com ele deixa a gente feliz”, afirmou.
De volta pro aconchego
José Domingos de Moraes nasceu em 12 de fevereiro de 1941. Era chamado de Neném do Acordeon na infância, mas quando conheceu Luiz Gonzaga, recebeu o apelido "Dominguinhos". Com mais de 210 canções compostas, parcerias musicais com Gilberto Gil, Chico Buarque, e canções interpretadas por inúmeros artistas da MPB, Dominguinhos é considerado por muitos críticos um reinventor da sanfona.
Dono de uma voz que não se desgruda do sorriso, Dominguinhos é autor de sucessos como "Eu só quero um xodó", "Lamento Sertanejo" e "Quem me levará sou eu", canção composta em parceria com Manduka, que rendeu prêmio de melhor intérprete ao cantor Fagner, no Festival Internacional da Canção da TV Tupi, em 1979.
G1 / Adaptado
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