30 de junho de 2014

DO NOVO JORNAL / Danças Folclóricas são preservadas no interior do RN


IMPRENSA ESTADUAL DESTACA ...
COM APENAS QUATRO ANOS DE FORMAÇÃO, O GRUPO HOJE POSSUI 32 INTEGRANTES, VARIANDO ENTRE 13 E 35 ANOS, TODOS NATURAIS DE PASSA E FICA E ENGAJADOS NO RESGATE DAS DANÇAS HÁ MUITO TEMPO PERDIDAS PELOS DIVERSOS MUNICÍPIOS DO ESTADO

Fotos: Divulgação

Com apenas quatro anos de formação, o grupo hoje possui 32 integrantes, com idade entre 13 e 35 anos, todos naturais de Passa e Fica
Henrique Arruda & Tiago Menezes
do Novo Jornal

O ano era 2010, quando os corredores da Escola Municipal Governador Mário Covas, no município de Passa e Fica, localizado a 109 quilômetros de Natal, testemunhavam o nascimento de um dos principais grupos de dança folclórica do estado, o “Balé Popular Terras Potiguares”, que nesta última quarta-feira (25) retornou a Natal para uma apresentação na Assembleia Legislativa pelo projeto “Assembleia Cultural”.

Com apenas quatro anos de formação, o grupo hoje possui 32 integrantes, variando entre 13 e 35 anos, todos naturais de Passa e Fica e engajados no resgate das danças há muito tempo perdidas pelos diversos municípios do estado. Atualmente, eles possuem sete espetáculos no repertório, de acordo com a pesquisa que desenvolvem. O “Pastoril” foi o primeiro deles, quando a diretora da escola pediu que principalmente as meninas ensaiassem a coreografia histórica para uma apresentação cultural no final do ano. A partir daí a ideia de manter o grupo fixo foi amadurecida pelos próprios professores, posteriormente ampliada para a comunidade.

Após a estreia, as pesquisas se aprofundaram e eles chegaram às seguintes danças: “Puxada de Rede”, “Festejo Junino” (Xote Nordestino, Pau de Fitas e Marcinha Junina), “Sequência de Danças Praieiras” (Coco de Roda, Coco Zambê, Coco de Cacete, Maneiro o Pau e Cirandas), “Sequência Nordestinas de Dança de Salão”, “Rei de Congo do Rio Grande do Norte” e “Auto do Boi de Reis”. Agora, o grupo trabalha no resgate dos “Caboclinhos de Ceará Mirim”, uma dança indígena que representa uma espécie de guerra entre as tribos, apresentada até os dias atuais, principalmente no carnaval, de acordo com o coreógrafo do balé popular Silas Hermenegildo (24).

“É muito difícil achar um lugar que preserve as suas danças. Pelas minhas viagens, identifico apenas alguns focos, mas a maioria se perdeu com o tempo”, avalia o coreógrafo, que também é um dos fundadores do Balé Popular Terras Potiguares, elegendo ainda São Gonçalo do Amarante como outro celeiro de talentos no estado, enquanto o município de Nova Cruz desponta como um dos mais escassos.“São Gonçalo do Amarante realmente é muito importante dentro desse cenário, mas em Nova Cruz, por exemplo, a gente percebe que a cultura das danças típicas não foi incentivada”, considera, sem esquecer de analisar o seu próprio município.

“Em ‘Passa e Fica’ há bastante incentivo às danças tradicionais, além do próprio Festival Cultural de Passa e Fica, que é muito forte na região. Por aqui existem quatro grupos junto conosco e um percussivo. Além de importante para o estado, eu vejo todos esses grupos como uma forma de ação social dentro do município porque você acaba acolhendo o adolescente dentro de uma atividade cultural que preserva o patrimônio imaterial brasileiro”, considera.
Do Regional Online 

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