Muito abatido, Felipão foi apresentado na manhã desta quarta-feira (30) em Porto Alegre. A expressão no rosto do treinador estava muito diferente da que foi vista na Copa do Mundo.
Na chegada ao Tricolor, ele estava triste. Deixou claro que o que aconteceu no Mundial mexeu com a sua vida. Tanto é que chegou a ficar com os olhos cheios de lágrimas ao ser aplaudido quando entrou na sala de imprensa da Arena Grêmio.
- Se eu cogitei voltar a trabalhar depois do fim de um trabalho que eu tinha uma outra ideia de término, é por causa do Grêmio. O Grêmio é o único time que me faria voltar. Eu sou gremista. Todo mundo sabe o que eu passei aqui. Neste momento, preciso de um abraço, preciso desse carinho e sei que o Grêmio, esse time, esses jogadores e todos aqui podem me dar.
Apesar da emoção, Felipão tentou passar uma imagem positiva para a torcida. Disse até que já está recuperado do vexame da Copa e que vai assimilar bem uma possível derrota à frente da equipe gaúcha.
- Se vocês me perguntarem o que vai ficar marcado, o que nunca vou esquecer, é o resultado catastrófico do 7 a 1. Mas um jogo não decide a minha vida. Passei 15 dias no sufoco, agora não tem nada mais. Todos tem resultados ruins, não sou só eu. Tem que saber assimilar e seguir em frente.
O ambiente criado pelo Grêmio foi pensado para fazer Felipão se sentir em casa. E parece que o treinador gostou. O técnico aproveitou para elogiar os jogadores. Disse que vê a equipe em condições de brigar por títulos.
- Temos condições, gente. Olhando para o time, para o plantel, dá para acreditar. Temos um bom grupo. Temos uma categoria de base com boas coisas.
Entre 1994 e 1996, Scolari ganhou a Copa do Brasil de 94, o bicampeonato Gaúcho, em 95 e 96, a Libertadores de 95, a Recopa, em 96, e o Brasileirão do mesmo ano.
A reestreia de Felipão deve acontecer no Gre-Nal do dia 10 de agosto, pelo Brasileirão.
com r7
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