“A gente assiste na TV e pensa que nunca vai acontecer com a gente, mas a maldade no mundo é grande. É lamentável e injusto, meu padrasto foi morto dentro de casa sem reagir ao assalto. Ele se rendeu levantou as mãos e mesmo assim atiraram duas vezes, levaram a TV e fugiram”, o relato é da cantora de forró [ex-banda Magníficos], Luciene Melo, que viu na madrugada de terça-feira, 22, seu familiar entrar para a estatística do mapa da violência, tão crescente no país.
Juracir Santos Rocha, 49 anos, foi assassinado a tiros na sala de sua casa, situada na rua Fernando Sampaio, no bairro Atalaia, zona Sul de Aracaju. Segundo familiares, era por volta das 3h40 quando o comerciante e a esposa, identificada por Luzinete Lima Santos, se preparavam para seguir viagem com destino a um sítio de sua propriedade no interior da Bahia. “Eles estavam saindo para um sítio que em Abadias, no interior da Bahia, eles tinham carregado o carro, colocando as coisas para fora de casa, quando ele voltou para fechar a casa e minha mãe pegar a bolsa, os elementos passaram de carro e estavam em busca de uma vítima para roubar”, conta Luciene.
A cantora de forró detalha a ação ousada dos assaltantes. “O carro parou e um deles entrou na casa. Minha mãe estava saindo do quarto e o bandido já abordou armado. Colocou a arma na cabeça, pediu dinheiro, meu padrasto chegou levantou a mão e disse não, não, e deu um passo para frente andando. Foi aí que eles atiraram friamente duas vezes, ele foi tingido no peito e nas costas”, conta. Após o crime, os bandidos fugiram da residência levando um televisor de 42 polegadas e a bolsa de Luzinete.
Para Linelma dos Santos, filha de Juracir, o que fica são as lembranças do pai amigo. “Ele era uma pessoa muito querida por todo mundo, um homem calmo e amigo, que não gostava de brigar, um homem muito família. A gente espera por justiça porque ele era um trabalhador. Queremos que este crime não fique impune”, diz.
A residência do comerciante não possuía circuito interno de TV, mas câmeras instaladas em residências vizinhas podem ajudar a polícia a identificar os autores do crime. O corpo do comerciante Juracir Santos foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML). A Polícia Civil investiga o caso.
Prisão
Horas após o crime, durante uma ação conjunta na região entre polícia civil e militar, foi possível chegar na identificação e prisão de um dos acusados na morte do comerciante. Segundo a assessoria de comunicação da Secretaria de Segurança Pública de Sergipe (SSP/SE), o acusado foi reconhecido pela esposa do comerciante.
Fonte: Infonet
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