4 de setembro de 2014

Sem legislação, SMSs eleitorais invadem celulares e revoltam usuários

Foto/Reprodução

A proibição do telemarketing para fazer propaganda eleitoral, divulgada em resolução pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em fevereiro deste ano, despertou a criatividade dos políticos, que apelaram às mensagens de texto para conquistar o voto até o último minuto. O texto do TSE não traz qualquer referência aos SMS ou uso de WhatsApp, abrindo uma brecha para uma abordagem indesejada que, sem regulamentação, revolta internautas.

O iG encontrou empresas que oferecem um farto banco de dados com até 30 milhões de números de celulares de todo o Brasil que, segundo elas, foram “todos previamente autorizados a receber mensagens via SMS”. Uma das empresas vai além ao distorcer a resolução 23.370 das eleições 2012 dizendo que o serviço – que pode custar até R$ 20 mil para o envio de um milhão de mensagens – é permitido pela Justiça Eleitoral. Nenhuma das empresas retornou as ligações da reportagem.

Ao contrário das propagandas políticas do rádio e da TV, que são proibidas 48 horas antes do dia da eleição, as mensagem de texto podem ser enviadas até o último minuto da votação. E conseguir votos minutos antes do eleitor tocar a urna eletrônica é uma proposta atraente para qualquer candidato. Para o mercado de marketing político, a ausência de uma legislação específica dará mais força para o ataque ao eleitorado indeciso, principalmente 15 dias antes do primeiro turno, marcado para dia 5 de outubro.

IG
Por: Portal NCO

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