3 de março de 2015

Beber café pode diminuir risco de esclerose múltipla


Pessoas que bebem de quatro a seis xícaras de café por dia podem estar menos propensas a desenvolver esclerose múltipla, segundo pesquisa internacional publicada nesta quinta-feira (26).

"A ingestão de cafeína foi associada à redução dos riscos das doenças de Parkinson e Alzheimer", afirmou a autora do estudo Ellen Mowry, da Universidade Johns Hopkins de Medicina em Baltimore, Maryland, nos Estados Unidos

"Nosso estudo demonstra que a ingestão de café pode também proteger contra a esclerose múltipla, reforçando a ideia de que a substância pode ter efeitos protetores para o cérebro", completou.

Um estudo americano e outro sueco -- realizados antes da reunião anual da Academia Americana de Neurologia, em Washington -- compararam, cada um, mais de 1.000 pacientes com esclerose múltipla com um número similar de pessoas saudáveis.

Os cientistas rastrearam a quantidade de café que os indivíduos com esclerose múltipla ingeriram um, cinco e dez anos antes de os sintomas começarem a aparecer.

Depois de considerar outros fatores como idade, sexo, tabagismo, índice de massa corporal e exposição ao sol, o estudo sueco descobriu que "em comparação com as pessoas que bebiam pelo menos seis xícaras de café por dia um ano antes de os sintomas aparecerem, aqueles que não bebiam café mais de uma vez e meia por dia aumentaram os riscos de desenvolver esclerose múltipla".

Efeitos protetores similares foram observados naqueles que bebiam muito café entre cinco e dez anos antes dos sintomas aparecerem.

O estudo americano demonstrou que que "pessoas que não beberam café seriam uma vez e meia mais propensas a desenvolver a doença do que aquelas que beberam quatro ou mais xícaras de café por dia no ano anterior ao aparecimento dos sintomas".

Mais estudos são necessários para determinar se a cafeína presente no café tem algum impacto nos relapsos, incapacidades de longo prazo relacionadas com a esclerose múltipla. A doença incurável do sistema nervoso central afeta 2,3 milhões de pessoas no mundo.

O estudo foi realizado pelo Conselho de Pesquisa Médica Sueco, pelo Instituto Nacional Americano de Distúrbios Neurológicos e Acidentes Vasculares Cerebrais, pelo Instituto Nacional de Ciências da Saúde Ambiental e pelo Instituto Nacional para o Envelhecimento.

uol

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