4 de dezembro de 2017

Confira 7 mitos sobre o orgasmo feminino nos quais você (ainda) acredita


 Por ainda ser bastante cercado de mi   stérios, o orgasmo feminino é tema de debate entre homens e até entre as próprias mulheres desde o início dos tempos. Quando se trata sobre a resposta sexual mais natural da mulher, muita coisa ainda é nebulosa, já que algumas teorias científicas desafiam coisas que as próprias mulheres relatam (como o “squirt”, por exemplo, que muita mulher afirma ter, mas ninguém consegue entender de onde vem).

Pelo bem das próprias mulheres, porém, é importante esclarecer que algumas coisas repetidas com frequência por aí não são nada reais. Confira os sete mitos mais comuns sobre o orgasmo feminino que podem mudar totalmente sua perspectiva sobre o tema:

1. As mulheres só atingem o orgasmo com penetração

Falso: De acordo com a Sociedade de Obstetras e Ginecologistas do Canadá, apenas 30% das mulheres têm orgasmos regularmente com a penetração, enquanto as demais necessitam de estimulação adicional do clitóris para o clímax. Além disso, ainda existe um terceiro grupo de mulheres que nunca atingiu o orgasmo durante a relação sexual, mas elas são capazes de “chegar lá” por meio de masturbação e sexo oral.

Se você se identifica com essas estatísticas, pode ficar tranquila, porque alcançar o orgasmo feminino por outros meios que não sejam relações sexuais é considerado normal na sexualidade feminina. De acordo com a especialista em sexualidade Cátia Damasceno, o ponto G (zona erógena estimulada durante a penetração) tem menos terminações nervosas que o clitóris e também é mais difícil de alcançar. Sendo assim, um orgasmo é um orgasmo e os meios que te fazem chegar nele não são melhores ou piores uns que os outros.

2. As mulheres não têm orgasmos durante o sexo oral

Falso : Um mito popular (e que está totalmente conectado ao anterior) é o de que as mulheres não podem ter orgasmo durante o sexo oral. Porém, de acordo com um estudo publicado no início do ano pelo periódico “Archives of Sexual Behaviour”, o sexo oral está relacionado diretamente a uma maior probabilidade de a mulher gozar.

3. Os orgasmos são sempre uma experiência de “tremer o chão”

Falso : As mulheres podem ter orgasmos e nem sempre estar cientes disso. Indicadores típicos do orgasmo, como padrões de respiração específicos, alguns movimentos do corpo, sons e contrações musculares nem sempre estão presentes nesse momento, sugerindo que não existe um método de detecção à prova de falhas para saber se uma mulher teve um orgasmo ou não. As mulheres podem, por exemplo, experimentar um orgasmo sentindo um relaxamento dos músculos pélvicos em vez de a contração deles.

4. As mulheres devem ser capazes de gozar com o estímulo do ponto G

Mais ou menos : A existência de um ponto G ainda está em debate, apesar da crença de que um orgasmo é derivado da estimulação dessa área específica. Especula-se que a glândula de Skene (também conhecida como próstata feminina), localizada perto da extremidade inferior da uretra, pode estar próxima ou fazer parte do ponto G. Outra crença comum é de que algumas mulheres desfrutam de uma sensação experimentada na área superior da vagina — onde, teoricamente, fica o ponto G, mas nem todas as mulheres têm essa sensação.

Ainda assim, um estudo publicado no “Journal of Sexual Medicine” revela que as mulheres que relataram ter orgasmos provocadas pelo ponto G, quando examinadas por um ultrassom, apresentam um tecido mais resistente na área indicada em comparação com a quem não atingiu o prazer através dessa zona erógena.

5. Se uma mulher não consegue atingir um orgasmo, é culpa do parceiro

Falso : Um parceiro habilidoso pode, sim, ajudar uma mulher a chegar a um orgasmo, mas, no final das contas, é a mulher quem é realmente responsável pelo fato de chegar clímax ou não. Um estudo publicado na revista europeia “Sexologies” descobriu que mulheres que têm pensamentos eróticos e focam nas sensações corporais durante o sexo possuem uma maior probabilidade de alcançar um orgasmo.

A pesquisa indica que o prazer sexual é derivado da combinação de sinais sensoriais e psicológicos, sugerindo que desejo sexual e o orgasmo sejam influenciados pelo cérebro e pelo sistema nervoso, que controla as glândulas sexuais e genitais. Mas não entenda errado: nada disso quer dizer que o parceiro de uma mulher não deve estar envolvido no processo. Dizer a ele o que você gosta e não gosta pode ajudar a melhorar a química sexual na cama.

6. Uma mulher precisa ter um orgasmo para se divertir no sexo

Falso : Ao contrário do que muitos pensam, o orgasmo durante o sexo, seja fruto da penetração, da masturbação ou do sexo oral, não é fundamental para uma mulher desfrutar de atos sexuais. Os parceiros – especificamente homens – ficam muito ansiosos pelo clímax e acabam se esquecendo de concentrar-se em sentimentos, sensações e pensamentos prazerosos. Mas, segundo uma publicação no veículo norte-americano “Women’s Health”, a verdade é que a maioria das mulheres não tem um orgasmo todas as vezes que transam e, por isso, a tendência é a de que elas apreciem o sexo por mais fatores além do ápice do prazer.

7. O orgasmo é igual para homens e mulheres

Em geral, os orgasmos para ambos os sexos possuem algumas características em comum, como o aumento da frequência cardíaca e o ritmo da respiração, que fica mais acelerada e pesada. Esses aspectos antecedem o estado de relaxamento e bem-estar que vem com o gozo, que também costuma ser comum para ambos os sexos.

No entanto, há, sim, algumas diferenças entre o clímax feminino e o masculino. Geralmente, as mulheres demoram mais e precisam de mais estímulos do que os homens para “chegar lá”. Outra mudança é a de que, no momento do orgasmo feminino, as mulheres costumam sentir contrações na vagina (e, às vezes, a sensação oposta à da contração, que normalmente está ligada à ejaculação feminina), enquanto o gozo do homem costuma vir acompanhado da expulsão de sêmen.

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