Araruna Agora
Em clima de penitência, cerca de 40 mil pessoas são esperadas na 20ª Caminhada Penitencial da Diocese de Campina Grande, que aconteceu neste domingo (18). Mais uma vez, a caminhada que acontece sempre no 5º Domingo da Quaresma, terá um percursso de 11 quilômetros, marcado pela fé dos cristãs. Saiu da Catedral de Nossa Senhora da Conceição até o Convento Santo Antônio de Ipuarana, Lagoa Seca,
A concentração na Catedral começou às 5h30 com a Santa Missa. Às 6h10, a caminhada foi iniciada. Esta foi a primeira Caminhada Penitencial que o bispo diocesano dom Dulcênio Pontes participa.
O padre Luciano Guedes, vigário-geral e pároco da Catedral, explicou que o ato de caminhar, para os cristãos, é um sinal de comunhão com a história do povo de Deus.
“Peregrinar, na tradição cristã, significa viver a própria fé como um caminho que se faz para Deus. Israel caminhou, os discípulos caminharam… a Igreja caminha na História. Portanto, a procissão, o caminho, a vida é naturalmente uma expressão importante do nosso modo de ser filhos e filhas de Deus”, explica.
Segundo padre Luciano Guedes, a Peregrinação, é mais um momento forte da Quaresma na Diocese campinense, e faz o povo lembrar da caminhada do Povo do Deus no Deserto durante 40 anos em busca da Terra Prometida, os 40 dias de Jesus no Deserto, os 40 dias de Moisés na Montanha onde pegou as tábuas dos 10 Mandamentos, e os 40 dias do Dilúvio.
Organizada pela Catedral, a Caminhada teve o mesmo percurso dos anos anteriores, com saída da avenida. Floriano Peixoto, seguindo pela avenida. Manoel Tavares e BR-104 até o convento.
As recomendações foram para que os fiéis ocupassem sempre apenas um lado das avenidas e da BR, assim como também é sempre orientado que a caminhada não seja feita passando nas vias do Viaduto Elpídio de Almeida.
A Caminhada Penitencial é um evento que marca o tempo da Quaresma, período em que a Igreja recomenda uma intensificação na vida de oração, recomenda o jejum e indica caminhos para uma mudança de vida (conversão).
Durante a caminhada, o silêncio foi respeitado, para que os fiéis que participam pudessem viver o momento com o verdadeiro propósito proposto.
Padre Luciano Guedes reforçou que o silêncio devia partir do coração dos participantes, e que, para a condução da caminhada, foi necessário o som que propaga as orações e os cânticos.
“Uma maneira bonita de fazer a caminhada é guardando o recolhimento interior. Evidentemente vamos cantar, pronunciar palavras, textos e orações coletivas. Porém, tudo feito com espírito de contemplação e fé, evitando euforia e dispersão”.
Severino Lopes
Fonte PB Agora
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