Falta de comunicação e organização do movimento estão entre os motivos. Além disso, há heterogeneidade até nas reivindicações
Foto/Reprodução
Uma semana após início da paralisação dos caminhoneiros no Brasil, os impactos sociais e econômicos tentam ser contornados por medidas políticas. O presidente Michel Temer (MDB) cedeu ao movimento neste domingo, 27, anunciando seis medidas demandadas pela categoria.
O principal ponto foi a redução de R$ 0,46 no preço do litro do diesel nos próximos 60 dias. Além disso, reivindicações relacionadas a fretes e pedágios também tiveram propostas apresentadas.
"A gente só sai daqui quando terminar tudo. O valor do diesel que ele baixou a turma não tá querendo, não. É palhaçada. Hoje está fazendo oito dias, se for possível passaremos até mais oito", disse um caminhoneiro ao Jornal do Commercio.
Nos grupos de WhatsApp dos caminhoneiros, a ordem é manter a paralisação, pelo menos, até terça-feira, 29. Por ora, a maioria concordou em liberar as estradas e continuarem estacionadas em pontos estratégicos.
A classe decide, portanto, continuar com as paralisações. Sem organização que possa ser apontada como líder, o movimento começou a ser articulado de forma espontânea nas redes sociais pelos caminhoneiros autônomos. Depois, ganhou a adesão de outras categorias, como caminhoneiros de frota (com carteira assinada), taxistas e motoristas de aplicativos. Em comum, o peso da alta dos combustíveis.
Ao O POVO Online, nesta segunda-feira, 28, caminhoneiros disseram não reconhecer lideranças do movimento. "Líder, aqui, só Deus", frisou um.
O km 18 da BR-116, por exemplo, seguia interditado na manhã desta segunda. Por lá, caminhoneiros afirmam não aceitar as medidas anunciadas por Temer na noite de ontem.
Outros profissionais revelam dificuldade na comunicação com comitês de organização ou negociação. "A gente sabe que tem um comitê que negocia, mas não sabemos quem faz parte".
Os motoristas afirmam que o movimento não é encabeçado por nenhum líder político, sindical. É o que conta o caminhoneiro Francisco Helder, 41. "Nada de partido. Houve uma resistência nos primeiros dias, mas agora o movimento ganhou a força da população com toda essa corrupção que acontece", comenta.
Leia reportagem completa direto de O Povo
Por: Nova Cruz Oficial
Nenhum comentário:
Postar um comentário