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Você sabia que mais da metade da população brasileiro ronca? A informação é do Instituto do Sono da Universidade de São Paulo – USP, e vai ao encontro de outra estatística, dessa vez do Ministério da Saúde: em média 30% dos brasileiros têm apneia do sono. E sim, o ronco é o sintoma prevalente da disfunção.
Além de ser incômodo para quem divide a mesma cama, quarto ou casa, o ronco compromete a qualidade de vida do “roncador”. A maior parte da população que ronca é composta por idosos, mulheres na pré-menopausa e obesos – também segundo o Instituto do Sono. E parte destes indivíduos também são portadores da apneia do sono.
Como a apneia afeta o corpo?
A apneia do sono é uma condição que causa a obstrução – parcial ou total – das vias aéreas enquanto o paciente dorme. A doença causa interrupções recorrentes da respiração durante a noite, e o número de interrupções por hora de sono é que determina a gravidade do quadro.
Apneia leve: 5 a 15 interrupções por hora
Apneia moderada: 15 a 30 interrupções por hora
Apneia grave: mais de 30 interrupções por hora
As interrupções são detectadas por meio de um exame denominado polissonografia, ou teste de registro do sono. Além dele, a história clínica do paciente, a investigação dos sintomas e a realização de exames físicos também auxiliam no diagnóstico da doença.
A apneia causa sonolência excessiva durante o dia e dores de cabeça constantes. Além disso, as pausas na respiração reduzem a oxigenação no sangue e acarreta alterações no sistema nervoso autônomo. O metabolismo também é impactado. Doenças e disfunções como hipertensão, aterosclerose e obesidade podem se agravar, aumentando o risco de acidente vascular cerebral, infartos e arritmias cardíacas.
O tratamento da apneia depende da gravidade do quadro e do estilo de vida do paciente. Em geral, algumas medidas são indicadas, como a perda e posterior manutenção do peso corporal, a alteração na posição ao dormir – recomenda-se que o paciente durma de lado, com um travesseiro entre as pernas, a suspensão do consumo de álcool e tabaco e também do uso de medicamentos como sedativos. O tratamento fonoaudiológico e a cirurgia de apneia do sono – que, na realidade, trata-se de diferentes procedimentos cirúrgicos destinados à correção da disfunção – também podem ser excelentes saídas para contornar o problema.
Ao acordar constantemente de boca seca, sentir um cansaço ou sonolência fora do comum durante o dia e dores de cabeça, procure ajuda médica para diagnosticar ou descartar o quadro de apneia do sono. Um otorrinolaringologista ou um cirurgião bucomaxilofacial são os profissionais aptos a descobrir a doença e tratá-la adequadamente.
Por: Nova Cruz Oficial
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