Mesmo que o WhatsApp ainda seja um instrumento sensível à divulgação das chamadas fake news, os usuários estão cada vez mais "treinados" para identificá-las - pelo menos quando o assunto é política. O excesso de otimismo, promessas grandiosas, informações sem referência (datas, fontes ou links), erros ortográficos, fotos sensacionalistas e propostas batidas têm causado desconfiança de quem usa o aplicativo.
Ao identificar um desses elementos, ou não concordar ideologicamente com seu conteúdo, o usuário tem evitado o compartilhamento automático de notícias e, logo, cogitado se tratar de fraude. Foi o que apontou um levantamento realizado entre passageiros de táxi e usuários do aplicativo.
O dado é alentador para os especialistas em marketing e aqueles que estudam a força do WhatsApp no jogo eleitoral. Para o professor da Faculdade de Direito da Universidade de Brasília (UnB) Bruno Rangel, separar o que é informação do que é fake news ou simples propaganda política será um dos desafios fundamentais do eleitor. "A solução para o fim da disseminação de notícias falsas está muito mais na sociedade do que em normas jurídicas ou ações de repressão. Está em um uso mais consciente do aplicativo, um uso que implica não sairmos compartilhando qualquer conteúdo sem o mínimo de checagem", afirma.
Por Estadão Conteúdo
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O paralelo
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