Em abril, Rosângela e o marido viajarão para a Argentina — Foto: Liliane Souza/G1 Santos
Um pacote de viagem em promoção despertou a atenção da cabeleireira Rosangela Veleda Gomes, de 49 anos. Moradora de Santos, no litoral de São Paulo, a gaúcha começou a vender chup-chup há três anos para complementar a renda, mas, até o fim de 2017, não tinha definido como o dinheiro seria gasto. No final, o que ganhava acabava sendo usado sem que ela sequer percebesse.
Determinada a gastar em viagens, ela conseguiu juntar quase R$ 3 mil em moedas em pouco mais de um ano. Segundo ela, o segredo é 'esquecer' o dinheiro no cofre. A receita deu certo e a quantia foi investida em um cruzeiro que seguiu do Porto de Santos até o Rio de Janeiro e Balneário Camboriú (SC), em fevereiro deste ano, e em passagens aéreas para ela e o marido rumo à Argentina – passeio que farão em abril.
A estadia do cruzeiro foi comprada no ano passado. Já as passagens para o exterior foram adquiridas em fevereiro, após o investimento que começou em maio de 2018. Na ocasião, ela e o marido foram até a agência de viagens, no bairro Ponta da Praia, com o cofre cheio de moedas. A contagem mobilizou a equipe, que levou 34 minutos para contabilizar R$ 1.617.
Responsável pela loja, o empresário Rafael Roberto disse que ficou surpreso quando ela chegou à loja com o cofre de plástico pela primeira vez. "A gente não costuma trabalhar muito com dinheiro. É mais cartão de crédito, cheque. Dinheiro é complicado, ainda mais moeda. A gente conta e acaba trocando com o pessoal do bairro para dar troco", diz.
Direto para o cofre
No cofre, ela só guarda moedas de R$ 1 e R$ 0,50 centavos, para facilitar a contagem. "Como a gente não consegue juntar dinheiro de papel, decidi juntar em moeda porque é bem mais fácil. Ela fica meio que esquecida. E eu não queria pagar conta nem nada, eu queria alguma coisa que eu pudesse aproveitar para mim".
Em maio de 2018, ela estava pronta para abrir o cofre pela primeira vez. Na ocasião, ela conseguiu juntar R$ 1.100, o suficiente para garantir sua estadia no cruzeiro. "No dia seguinte eu já comprei outro cofre", conta.
Seja em seus trabalhos extras como cabeleireira ou nas vendas de chup-chup, cada moeda recebida vai direto para o cofre. As filhas e o marido também ajudam. "Tem cliente que dá caixinha em moeda para ajudar na viagem. Eu fico muito feliz", conta.
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Por Portal Nova Cruz Oficial
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