O nome Pedra da Boca é oriundo da formação rochosa de cerca de 336 metros de altura, com uma cavidade provocada por séculos de erosão, na qual aparenta uma boca gigante.
O Parque Estadual Pedra da Boca tem mais de 150 hectares de área e foi criado pelo Decreto Governamental nº 20.889 de 7 de fevereiro de 2000.
Estudiosos, turistas, visitantes e adeptos dos esportes radicais são atraídos pela região de caatinga pelas características geológicas e geomorfológicas do lugar que inclui vestígios de gnaisses e quartzitos em formas arredondadas e extensas caneluras.
Essas formações são ideais para a prática do rapel, escalada, aventura e exploração. Algumas cavernas apresentam escrituras rupestres e olhos de água que servem de bebedouros naturais para os trilheiros.
O clima é quente durante o dia chega a ultrapassar os 30 graus e para quem está fazendo uma caminhada ou outros esportes a sensação térmica é ainda maior, por isso é sempre bom usar roupas que protejam do sol com filtro UV, calça – devido à vegetação que possui espinhos que provocam arranhões durante as caminhadas, tênis com solado emborrachado apropriado para subir e descer rochas, protetor solar e bonés ou chapéus, além de mochila de costas para levar muita água e lanches práticos.
Já à noite o clima é agradável, no verão. No inverno, a temperatura chega a cair para 18 graus e até os moradores da região não dispensam os casacos. Para quem é mais sensível não custa nada prevenir e colocar um casaco na mochila. O camping é bem estruturado quanto à espaço porém não dispõe de uma estrutura de outros campings como por exemplo ilhas delineadas para barracas com torneira e tomadas de energia. Os dois banheiros sempre estão limpos e a água do chuveiro (de poço) é fria mas bem refrescante depois de descargas de adrenalina. Aproveite o cair do sol para descansar porque no dia seguinte é preciso muita energia e disposição.
Para quem nunca acampou na região assista essevídeo que tem algumas dicas do que levar para aproveitar a aventura sem exagerar na bagagem e levar coisas desnecessárias. Fomos no período de inverno, portanto, pra quem sente frio é bom levar casacos para a noite. Pode acender fogueira lá, mas é bom conversar antes com os responsáveis para checar quais áreas é permitido, devido ao local ser um espaço de preservação.
Existe duas formas para chegar até a Pedra da Boca por João Pessoa.
Neste mapa à direita é perceptível a divisa geográfica entre os estados do Rio Grande do Norte e Paraíba. É o rio Calabouço o referencial dessa separação geográfica. Mas o manancial, apesar de termos ido até o local no mês de agosto – que seria um mês chuvoso, estava seco e quase é imperceptível sua existência ali. O rio fica entre a o Parque Estadual Pedra da Boca (PB) e a Pedra do Oratório (RN). Para chegar até o lugar é simples e bem sinalizado e dependendo do trecho escolhido sua viagem vai durar mais ou menos tempo.
1 – Indo por Guarabira;
2 – Indo por Santa Cruz, mais rápido.
Decidimos pela segunda opção. Seguimos pela BR 230, passamos por Mamanguape, Jacaraú, Nova Cruz e Passa e Fica essas duas são as últimas cidades do Rio Grande do Norte. Cerca de 2 horas de viagem de carro. Não tem como errar com um mapa ou GPS. Mesmo assim, ainda há sinalização indicando a direção dos municípios.
Na base delas, está o sítio/camping e restaurante de seu Tico (foto à cima), morador do local desde a década de 80, ex-caçador e hoje condutor turístico, que nasceu na região e aos 54 anos, tem muita disposição para fazer pelo menos 3 trilhas de 3 horas cada uma em um só dia. É ele quem nos acompanha na trilha das grutas e muita aventura que dura um turno completo, mas vale a pena.
O Parque Estadual da Pedra da Boca é rico em atrativos, até o pôr-do-sol de cima de uma rocha vale a pena contemplar de forma calma, por isso, o indicado é passar pelo menos um final de semana pra aproveitar um pouco mais de tudo que ele oferece.
Preços: O acampamento: R$ 10,00 (por pessoa) / Café da Manhã: R$ 10,00 (por pessoa) / Almoço: R$ 15,00 (por pessoa) / Jantar: R$ 3,00 (um prato de sopa por pessoa) e se for à vontade incluindo café e pãozinho sai a R$ 10,00 (por pessoa).
Uma alternativa pra quem estiver de carro é ir até a cidade de Passa e Fica que fica há cerca de 2 km. Lá tem restaurantes e lanchonetes com preços ainda mais baixos. Para profissionais que levarem um grupo de turistas, por exemplo, ganha as refeições o guia e o motorista da van. Na cidade também tem pousadas com piscinas para quem optar por mais conforto.
Um final de semana foi suficiente para muita emoção, a começar pela armação da barraca de camping até a subida e o belo pôr-do-sol visto da Pedra do Oratório.
Se você não pratica atividade física é bom não abusar do corpo. Alivie na caminhada e nos passos. Nosso grupo pratica atividade física regularmente e mesmo assim ficou exausto. Se prepare também para entrar em espaços e fendas muito pequenas e também cruzar entre rochas suspenso no ar. Como disse: é muita emoção! Tudo isso você vai comprovar nas nossas próximas reportagens sobre as aventuras no Parque Estadual da Pedra da Boca.
Espécies vegetais encontradas no Parque Estadual da Pedra da Boca
Aroeira, Gameleira, Jatobá, Juazeiro, Jucá, Jurema preta, Periquiteira, Macambira, Mandacaru, Mororó, Pau d´arco (ipê), Sisal, Umbuzeiro, Xique xique, Pereiro e Mulungu.
Você já foi ao Parque Estadual da Pedra da boca? Então mande pra gente o seu relato, fotos ou vídeos no e-mail:jornalismodeviagem@gmail.com.
Nosso Contato Whatsaap: 83 99126-5298.
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