O parque Estadual Pedra da Boca é um lugar que o visitante mantem o contato direto com a natureza em tempo integral. Se você gosta de caminhar em mata e se interessa por histórias interessantes e de sobrevivência na selva, esse lugar é perfeito pra você. Mas para outros que são avessos à caminhadas longas, cansativas, íngremes e que exigem esforço físico além de obstáculos, esse lugar não é aconselhável.
Nós conversamos com um educador físico sobre esse tipo de lazer que pode gerar dores musculares fortes após a caminhada ao ponto de limitar o praticante de suas atividades comuns.Arthur Martins é personal há mais de 5 anos, ele destaca a importância de aquecer antes de fazer uma trilha como essa e faz outras orientações, além da situação dos atletas de fim de semana, aqueles normalmente sedentários e que tiram um dia na semana para praticar alguma atividade.
A trilha oferecida no Parque Estadual Pedra da Boca é bastante atraente pela riqueza natural que oferta ao visitante a cada passo, porém o sol forte e a caminhada longa pode desidratar, por isso para ela, o ideal é levar muita água, usar roupas leves com proteção solar ou protetor em creme, boné ou chapéu e tênis confortável, de preferência com solado emborrachado porque além de terra, o passeio inclui também caminhadas sobre rochas e subidas em paredões com a ajuda de cordas, em algumas situações.
A trilha diurna que fizemos durou cerca de três horas e é bem cansativa mas tão recheada de conteúdo interessante e obstáculos que você nem percebe o tempo passar. O seu Tico sempre se mantém conversando, brincando e interagindo com o grupo.
A trilha realmente não é fácil e exige muito do corpo. A média de preços é de R$ 15,00 para a caminhada durante o dia, mas existem outros passeios como a caminhada para ver o pôr-do-sol e o nascer da lua.
Uma experiência que o visitante tem durante o passeio é provar a larva do coco catolé que o guia oferece durante a trilha.
A caminhada atravessa mata fechada e vários rochedos e paredões, além de uma bela paisagem durante todo o percurso.
Terminando o caminho de mata, começa a trilha entre as rochas no Pedra da integração. Seu tico explica o cuidado redobrado para não pisar em pedras soltas ou se deparar com bichos peçonhentos em fendas.
Segundo ele, principalmente no período de chuva devido ao fluxo de água, as pedras podem ficar frouxas e isso provocar o deslocamento delas (por acaso) em uma pisada de um visitante, o que pode ocasionar
um incidente. Assim, ele orienta em antes de pisar na rocha, certificar que está firme e somente depois, seguir caminho. Mas esse cuidado se estende também aos outros períodos, não apenas ao de chuvas constantes na região: junho a agosto.
Outro cuidado que ele destaca ter é não colocar as mãos ou os pés entre fendas. De acordo com o guia, é comum ter animais peçonhentos nelas, afinal, é mata fechada e, além disso, é o ambiente natural desses bichos, o homem está apenas de passagem. Segundo seu Tico, pode haver escorpiões, lacraias, cobras e aranhas. Por isso, atenção constante.
A partir dessas orientações, ele segue com a trilha, agora com muitos e interessantes obstáculos para quem gosta de aventura e desafios em passeio de turismo de aventura.
Ao final do passeio decidimos fazer um apanhado geral dos serviços de turismo oferecidos no parque Estadual Pedra da Boca. Uma opinião nossa e dos nossos amigos colaboradores que também, junto conosco, conheceram o lugar e experimentaram os passeios.Algumas observações que achamos necessários destacar para servir de guia para outros visitantes que pretendem ir ao lugar.
Para quem se interessar, esses são os telefones de contato do seu TICO: (84) 98895-5737 ou (84) 9967-5037.
Informações Adicionais:
Em 2007, o geógrafo Márcio Balbino Cavalcante, então estudante de Pós-Graduação em Ciências Ambientais da UEPB juntamente com o Professor Doutor do Departamento de Geo-História da UEPB, Belarmino Mariano Neto elaboraram um trabalho sobre o impacto das atividades turísticas na região. Nele, consta uma conclusão interessante com sugestões de ações para minimizar possíveis danos e um melhor serviço de turismo a ser desenvolvido na região. Abaixo, a cópia na íntegra da citação.
Investir na implantação de uma infraestrutura adequada, para que a relação turistas e conservação do ambiente sejam desenvolvidas de forma harmoniosa;
Investir na formação de guias preparados para orientar e monitorar o fluxo turístico, ajudando na preservação do lugar;
Promover cursos e treinamentos voltados para a preservação e manutenção do meio ambiente local;
Desenvolver campanhas educativas em Educação Ambiental e Legislação Ambiental, conscientizando os visitantes, moradores locais e turistas no que se refere ao uso e manutenção da natureza;
Desenvolver programas que insiram a comunidade local nas atividades do parque.
Fonte: REFLEXÕES SOBRE OS IMPACTOS SÓCIO-AMBIENTAIS DA ATIVIDADE ECOTURÍSTICA NO PARQUE ESTADUAL DA PEDRA DA BOCA, PARAÍBA. CAMINHOS DE GEOGRAFIA – Revista online.
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