12 de setembro de 2017

Mini fábrica de confecções muda vida de mulheres em Passa e Fica, RN


A PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO E AGRICULTORA, CLÁUDIA (FOTO: JOÃO VITAL)


Trinta famílias de Passa e Fica vão ver suas vidas mudarem com o projeto de Inclusão Produtiva que envolve a construção de uma mini fábrica e uma loja de confecções. A comunidade de Lagoa do Cipoal, que jamais viu algo do tipo acontecer, agora tem uma unidade fabril quase pronta para se orgulhar. Orçado em R$ 244 mil, o projeto é um convênio com o Governo do RN, por meio do projeto Governo Cidadão, com recursos do acordo de empréstimo com o Banco Mundial, e tem coordenação da Secretaria do Trabalho, da Habitação e da Assistência Social (Sethas).

O prédio que sedia a Associação dos Produtores Rurais da Comunidade de Lagoa do Cipoal recebeu um anexo e um primeiro andar, que servirão como lojinha para venda das confecções produzidas e fábrica, respectivamente. A obra está em fase de acabamento. A presidente da Associação e agricultora, Cláudia dos Santos Oliveira, comemora os investimentos que a comunidade está recebendo.

“Isso nunca existiu aqui. É uma grande oportunidade de renda para essas mulheres, pois a maioria é dona de casa e não possui ganho próprio. É uma forma de elas buscarem o próprio dinheiro e ainda preencherem o tempo”, destaca Cláudia. Algumas já costuram, outras vão aprender com as capacitações que serão contratadas pelo projeto.

“A ideia das mulheres de Lagoa do Cipoal é confeccionar fardamentos, shorts, blusas, calças e vestidos para todas as idades. A comercialização se dará nas feiras livres do município e na própria comunidade”, esclarece Vagner Araújo, secretário de Metas, Gestão e Projetos.

Segundo Cláudia, o próximo passo é realizar a licitação para compra das máquinas de costura e, após isso, criar o regimento interno que irá definir o papel de cada uma no negócio. “Se todas levarem a sério, temos tudo para crescer. Queremos fazer o regimento e definir que se alguém desistir, uma pessoa da família possa entrar e dar continuidade. A ideia é não parar com o projeto”, diz.

“Temos uma equipe da Sethas acompanhando e supervisionando toda a obra. A primeira fase foi concluída, a segunda será a aquisição de máquinas e equipamentos para a confecção das peças. A terceira será a realização de capacitações em corte e costura, em informática e em gestão. A quarta etapa será o início da produção das confecções”, declara Julianne Faria, titular da Sethas.

Entre os objetivos do projeto de inclusão produtiva estão fortalecer a organização econômica, social e política dos produtores rurais; ter fonte alternativa de geração de renda para as famílias beneficiadas pelo projeto dentro da comunidade onde moram; melhorar as condições socioeconômicas das famílias envolvidas; inserir a mulher no mercado de trabalho; formar um grupo produtivo para dar continuidade ao processo de ação projetada; oportunizar a inserção dessas pessoas no mercado produtivo, utilizando esta mão-de-obra na mini fábrica de confecções; capacitar as mulheres em confecções, em bordado e coleções de acordo com os novos mercados.

Portal no Ar/portal nco

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