28 de novembro de 2017

Sexóloga faz palestra sobre sexo oral para crianças causa polêmica em escola e vira caso de polícia

O paralelo 

Uma palestra sobre educação sexual causou polêmica em uma escola pública da região sul de Palmas. Pais de alunos reclamam do conteúdo apresentado e da metodologia utilizada para falar sobre sexo e uso de preservativos. O caso chegou ao conselho tutelar, Polícia Civil e motivou uma audiência pública na Câmara de Vereadores. A sexóloga responsável pela palestra e a diretora substituta da escola foram afastadas.


A palestra faz parte do projeto 'E Agora? Sexo, Drogas e Tecnologia' e ocorreu no dia 14 de novembro na Escola Anísio Spínola Teixeira, no Bertaville, região sul de Palmas. Segundo pais, o público tinha crianças a partir de nove anos e adolescente de até 14 anos.


Mãe de uma menina de 11 anos, Lucineide Pereira Lima, de 36 anos, reclama da metodologia utilizada. "Ela relata [a filha] que a palestrante levou o menino e colocou a camisinha no dedo dele. Ela mandou ele fechar os olhos e chegou a lamber o dedo dele, perguntando o que ele estava sentindo. Também mostrou fotos de mulher beijando mulher, homem beijando homem e usou várias palavras 'chulas' para falar sobre sexo", afirmou.

A mulher conta que registrou um boletim de ocorrência na delegacia. "Foi totalmente impróprio como ela fez. Se tivesse falado de doenças, como prevenir, mas não aprofundar tanto o assunto. Foi a forma que os temas foram abordados para a idade", disse Lucineide.


O Conselho Tutelar também registrou pelo menos dez denúncias de pais de alunos entre 10 e 12 anos. "As reclamações foram devido ao exagero no momento da palestra. Levou o adolescente e insinuou sexo durante a palestra. Foi inadequada e nós como conselheiros não concordamos com esse tipo de pedagogia, da forma que foi aplicada", comentou a conselheira Maria de Jesus.


Segundo a conselheira, o caso foi encaminhado ao Ministério Público Estadual na semana passada.


A delegada Ana Carolina Braga, responsável pela Delegacia Especializada na proteção a Criança e ao Adolescente, abriu uma investigação sobre o caso. "A gente quer identificar exatamente o que aconteceu, porque não tem filmagem, apenas relatos. Estamos apurando possível simulação de ato sexual envolvendo criança e adolescente e a questão de atos obscenos com a apresentação de imagens. Porque isso é crime", comentou.


A delegada afirma que as denúncias são graves e além de apurar se houve crime é preciso discutir as políticas públicas. "É preciso debater isso com todos os setores da rede de proteção à criança e ao adolescente. Ver o que é viável ou não para evitar novos episódios no futuro."


O inquérito tem 30 dias para ficar pronto e pode ser prorrogado. Segundo a prefeitura, a sexóloga foi afastada, já que essa era a última palestra do projeto em 2017. O G1 não conseguiu contato com ela e a diretora substituta.


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